quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A tocante lenda do nascimento de Jesus‏

Jesus Cristo nasceu, em Belém logo em seguida ocorreu o massacre dos inocentes por Herodes. Quando os evangelhos foram escritos, muitos anos depois da morte de Jesus, ninguém sabia onde ele tinha nascido. Mas uma  profecia do Antigo Testamento (Miquéias 5,2) tinha levado os Judeus à expectativa de que o esperado Messias nasceria em Belém. A luz dessa  profecia, o Evangelho de João afirma textualmente que seus seguidores  ficaram surpresos com o fato de ele não ter nascido em Belém:” Outros diziam: Ele é o Cristo; outros, porém, perguntavam: Porventura, o Cristo virá da Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e  da aldeia de Belém, donde era Davi?”
Mateus e Lucas lidaram com o problema de outra forma, concluindo que Jesus devia ter nascido em Belém, no fim das contas. Mas eles chegaram a essa conclusão por caminhos diferentes. 
Mateus coloca Maria e José em Belém desde sempre, tendo mudado para Nazaré só muito tempo depois do nascimento de Jesus, na volta do Egito, para onde tinham  fugido do rei Herodes e do massacre dos inocentes. Lucas, por outro lado, admite que Maria e José moravam em Nazaré antes de Jesus nascer. Como então levá – los a Belém no momento crucial, para cumprir a profecia? Lucas diz que, na época em que Quirino era governador da Síria, César Augusto ordenou  a realização de um censo, com fins tributários, e todo mundo tinha que ir “para a sua cidade”. José era da casa da “linhagem de Davi” e portanto tinha de ir para a “cidade de Davi”, que é chamada de Belém. Deve ter parecido uma boa solução. Tirando o fato de que, do ponto de vista histórico, ela é completamente absurda, como apontaram A. N. Wilson, em Jesus: O maior homem do mundo, e Robin Lane Fox, em Bíblia: Verdade e ficção. 
Davi, se existiu, viveu quase mil anos antes de Maria e José. Por que os romanos teriam exigido que José voltasse para a cidade onde um ancestral remoto havia vivido um milênio antes? É como se eu fosse abrigado a especificar Lisboa ou alguma vila portuguesa, como minha cidade no formulário do censo, se por acaso eu conseguisse rastrear minha ascendência até aos tataravôs de Cabral  ou antes disso. Além do mais, Lucas confunde as datas mencionando impiedosamente eventos que os historiadores são capazes de verificar como independência. Houve mesmo um censo sob o domínio do governador Quirino um censo localizado, não um que tivesse sido decretado por César Augusto para o Império inteiro -, mas ele aconteceu tarde demais: em 6 d.C., bem depois da morte de Herodes. Lane Fox conclui que “a história de Lucas é historicamente impossível e internamente incoerente” mas solidariza – se com o empenho e o desejo de Lucas de fazer cumprir a profecia de Miquéias.
Na edição de dezembro de 2004 da Free Inquiry, Tom Flynn, o editor dessa revista reuniu uma coleção de artigos documentando contradições e os buracos da adorada história de Natal. O próprio Flynn lista as muitas contradições entre Mateus e Lucas os dois únicos evangelistas que chegam a falar do nascimento de Jesus. 
Robert Gilooy mostra como todas as características mais essenciais da lenda de Jesus, incluindo a estrela de Belém, a virgindade da mãe, a veneração do bebê por reis, os milagres, a execução, a ressureição e a ascensão são empréstimos – cada uma delas – de outras religiões que já existiam na região do Mediterrâneo e do Oriente próximo. Flynn sugere que o desejo de Mateus de fazer cumprir as profecias messiânicas (descendência de Davi, nascimento em Belém), pelo bem dos leitores judaicos, entrou em rota de colisão com o desejo de Lucas de adaptar o cristianismo aos gentios, e portanto de atualizar pontos conhecidos e populares das regiões pagãs helênicas (virgindade da mãe adoração por reis etc.). 
As contradições resultantes são evidentes, mas sempre minimizadas por fiéis. Por que não perceber essas contradições evidentes? Um literalista não devia se preocupar com o fato de Mateus rastrear a descendência de José do rei Davi por 28 gerações intermediárias, enquanto Lucas fala em 41 gerações. O  pior é que quase não há coincidências nos nomes das duas listas! 
De qualquer  jeito, se Jesus nasceu mesmo de uma virgem, os ancestrais de José são  irrelevantes e não podem ser usados para fazer cumprir a favor de Jesus, a  profecia do Antigo Testamento de que o Messias deveria ser descendente de  Davi. Para quem não entendeu: Maria recebeu uma inseminação divinal, José não consumou o ato.

Pablo Brandão

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Justiça decreta prisão de jovem acusado de agressões a homossexuais na Avenida Paulista

SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo decretou nesta terça-feira a prisão do jovem Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, acusado de agredir três jovens homossexuais na Avenida Paulista, em 14 de novembro. Único maior de um grupo de cinco agressores, Jonathan foi indiciado por lesão corporal grave e tentativa de homicídio. Os outros quatro agressores - adolescentes com idades entre 16 e 17 anos - continuam internados na Fundação Casa, antiga Febem. 

Na semana passada, os promotores Ana Laura Bandeira Lins Lunardelli e Oswaldo Barberis Junior, da promotoria da Infância e da Juventude de São Paulo, encaminharam à Justiça o pedido de aplicação de medida sócio-educativa de internação definitiva na Fundação Casa dos quatro adolescentes. Essa medida pode durar por até três anos. O pedido ainda deverá ser apreciado pela Justiça. 

As agressões apresentam indícios de homofobia, segundo testemunhas. Os quatro menores vão responder por tentativa de homicídio, lesão corporal e formação de quadrilha contra quatro vítimas. 

A violência do grupo começou às 4h30m da madrugada do dia 14, um domingo, em uma boate no bairro de Moema, onde um rapaz foi agredido. Depois de um esbarrão em um dos integrantes do grupo, um rapaz foi espancado e sofreu fratura no maxilar. Em seguida, os cinco foram para a Avenida Paulista. 

Os primeiros a serem agredidos foram dois jovens que esperavam por um táxi. Cerca de 300 metros depois, três rapazes caminhavam pela calçada quando um dos integrantes do grupo entrou na frente deles. O rapaz que estava mais perto foi agredido no rosto, duas vezes, com lâmpadas fluorescentes.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Travestis são mortas a tiros em bar no centro de Curitiba

SÃO PAULO - Duas travestis foram assassinados a tiros em um bar no centro de Curitiba às 5h30m desta terça-feira. De acordo com testemunhas, as vítimas estavam em uma mesa com outras quatro travestis. Elas estavam sendo servidas pelo garçom, quando dois homens chegaram em uma moto. Sem tirar o capacete, eles dominaram um segurança e atiraram contra as meninas.

Pelo menos 80 pessoas que estavam no bar presenciaram o crime. Segundo a polícia, o crime pode ter sido motivado por vingança. Há cerca de uma semana, travestis que fazem ponto no local teriam apedrejado um carro. Outra hipótese investigada é a Homofobia.

CBN

Gloria Perez fará pesquisa em clubes gays do Rio de Janeiro

Autora de Caminho das Índias quer conhecer trabalho de artistas da noite gay para minissérie 


A nova minissérie de Glória Perez deverá abordar o universo gay. A autora de tramas como "Caminho das Índias" e "América" vai fazer um trabalho de pesquisa por clubes gls do Rio de Janeiro, de acordo com a coluna Telinha, do jornal "Extra".

As andanças de Gloria começariam já nesta semana. Ela teria interesse especial em artistas caricatos e engraçados que se apresentam em casas noturnas.

A experiência vai ajudar a autora na produção de uma minissérie que pode estrear ainda em 2011 ou no começo de 2012.

Conselho Universitário da UERJ vota resolução anti-discriminação nesta terça‏

Hoje, terça-feira, 21 de dezembro, será votada no Conselho Universitário da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) uma resolução que "estabelece sanções disciplinares para atos de discriminação social, racial, religiosa, de gênero e por orientação sexual".

Esta proposta faz parte de uma série de medidas para o combate à homofobia e pela garantia de direitos LGBT, compromisso assumido pelo reitor da UERJ, Ricardo Vieiralves, quando da Conferência Estadual de Políticas Públicas LGBT do Rio de Janeiro, realizada nesta universidade em 2008. 
Serviço:
Data: 21 de dezembro
Local: UERJ - auditório da plenária dos Conselhos, 7o andar, bloco F
Horário: 9:30

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Confira as fotos do Bazar Basfond do Empório Almir França

O Bazar Basfond aconteceu sábado e domingo no Empório Almir França, confira as fotos:



























MEC prepara kit anti-homofobia para alunos do Ensino médio

Ana Cláudia Barros

Ele nasceu a partir da constatação de que as escolas brasileiras são, em geral, ambientes hostis para adolescentes homossexuais. Foi desenvolvido com a proposta de ajudar a contornar o problema, e recebeu o sugestivo nome de Kit contra a homofobia. A previsão é que sua distribuição ocorra inicialmente em 6 mil escolas públicas a partir do ano que vem. Mesmo sem ter sido lançado pelo Ministério da Educação (MEC), o material didático, contendo cartilha, cartazes, folders e cinco vídeos educativos, já provoca discussões inflamadas. 

Terreno democrático por excelência, a internet se transformou em púlpito para os que apoiam e para os que repudiam o kit, que ganhou a pecha de "Kit Gay". O debate está mobilizando redes sociais, blogosfera e até virou tema de abaixo-assinados virtuais - contrários e favoráveis ao material. Catalisou a polêmica a declaração do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) - o mesmo que sugeriu "couro" para corrigir filho "meio gayzinho" -, que, em sessão realizada no Plenário da Câmara, atacou a iniciativa. O parlamentar também fez um apelo aos colegas de Casa para que impedissem a circulação do kit.

O pronunciamento dele se espalhou pela rede e tem embasado o discurso dos que consideram o material "perigoso" por incentivar a homossexualidade entre os estudantes. O que fez Bolsonaro vociferar foram justamente os vídeos educativos, exibidos preliminarmente em seminário na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. 

Um deles conta a história do personagem José Ricardo, um adolescente que gostaria de ser reconhecido como Bianca. "O vídeo fala de um travesti, um homem com identidade feminina, mostrando, inclusive, o sofrimento dele em viver em um lugar onde meninos jogam futebol e, quem não joga, é chamado de mulherzinha", explica Rosilea Wille, coordenadora Geral de Direitos Humanos do MEC, vinculada à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), responsável pelo projeto.

Na opinião dela, a forma negativa como o Kit contra a homofobia está sendo recebido é resultado do desconhecimento em relação ao conteúdo do material e dos rumores, amplamente propagados na web.

- Foi colocado que vamos passar informação sobre diversidade sexual e identidade de gênero para crianças de sete anos. Isso nunca foi a decisão do Ministério. O projeto está sendo pensado para o Ensino Médio. 

Não é um projeto que vai cair de paraquedas nas escolas. Vai ser vinculado à formação dos professores. Há todo um anteparo, uma sustentação pedagógica.

Presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT) e um dos idealizadores do kit, Toni Reis, também rechaça as acusações de que os vídeos seriam um estímulo à homossexualidade.

- O que está sendo dito é totalmente distorcido. Não queremos incentivar a homossexualidade. Ela não precisa de incentivo algum. Queremos incentivar o respeito à cidadania, à não violência, à dignidade humana. Quem está falando isso são pessoas homofóbicas, fundamentalistas religiosos. Estes são os grandes incentivadores da violência e do desrespeito - afirma.

Ela ainda explica o caráter do projeto:

- Os vídeos são extremamente didáticos. Explicam a questão do travesti, do bissexual, da lésbica. São muito bacanas porque vão ajudar o adolescente a entender a situação. Muitas vezes, o preconceito vem da desinformação. Estamos super tranquilos com esse trabalho. Ele não vai ser censurado por pessoas homofóbicas.

A vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Clara Goldman, que teve acesso ao material, também desconstrói a alegação de que o kit exerceria influência na orientação sexual dos adolescentes.

- O argumento esconde um princípio de que essa sexualidade é ruim e tem que ser combatida, evitada. Essa é a base do pensamento homofóbico. O kit não orienta, não estimula, mas problematiza. Coloca no seu devido lugar a discussão que deve ser feita. O objetivo é que as pessoas LGBT possam ser respeitadas e que caibam na nossa sociedade, nos nossos espaços coletivos, o respeito a essa diversidade.

De acordo com ela, o CFP apoia a iniciativa encampada pelo MEC.

- Acho que a ideia de se produzir um material específico, que possa orientar essa discussão, é muito bem-vinda. Nós apoiamos o kit, mas nosso apoio não se restringe a ele. É em relação à luta pela promoção dos direitos dessa população em todas as políticas públicas, não só na educação. Apoiamos como uma possibilidade a mais de que, na formação, essa questão possa ser discutida com mais qualidade, assentada em princípios que sejam realmente de direitos humanos.

Terra Magazine procurou a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas foi informada pela assessoria de comunicação que a entidade ainda não se posicionou sobre a questão.

Bullying

A Coordenadora Geral de Direitos Humanos do MEC conta que o ponto de partida para se pensar na elaboração de um material de combate à homofobia nas escolas foi uma pesquisa realizada em 2008 e publicada no ano seguinte, sobre preconceito, discriminação e bullying.

- Ela foi feita em 501 escolas de diferentes regiões, com quase 20 mil atores. Foi comprovado que o grau de homofobia é altíssimo. Pesquisamos vários aspectos: pessoas com deficiência, a questão de gênero, orientação sexual. Os homossexuais estão entre os mais discriminados. Em cima disso, a Secad entendeu que era preciso desenvolver ações para assegurar o direito à educação de todas as pessoas.

E acrescenta:

- Todo o material trabalha com a ideia de respeito à diversidade sexual, ajuda a entender que a escola precisa respeitar os direitos humanos dos LGBT. O Ministério da Educação está preocupado exatamente com essa sociedade que vem cada vez mais batendo em homossexuais na rua, dando tiro, como aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo. Uma sociedade que precisa ser educada para respeitar os direitos humanos. 

Toni Reis recorre a um levantamento feito pela Unesco para enfatizar a necessidade de se aplicar o material didático contra homofobia nas instituições de ensino. "A pesquisa mostra que 40% dos adolescentes masculinos não gostariam de ter um gay ou uma lésbica na sala de aula. A evasão escolar entre homossexuais é grande", justifica. 

Rosilea frisa que a capacitação dos docentes, para que possam trabalhar com o material, será prioridade. Segundo ela, o kit ainda não foi finalizado e terá que ser submetido ao Comitê de Publicações do MEC, para ser depois impresso e enviado às escolas.


Terra Magazine

domingo, 19 de dezembro de 2010

Petistas defenderão comunidade LGBT

Futura ministra dos Direitos Humanos defende adoção por casal gay

A deputada federal Maria do Rosário (PT), que ocupará o Ministério dos Direitos Humanos no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado que vai defender a adoção de crianças por casais homossexuais quando assumir a pasta.

De acordo como o jornal "Folha de S. Paulo", ela acredita que a criação de um filho não tem a ver com a opção sexual dos pais.
 
A Senadore eleita por São Paulo Marta Suplicy (PT) será o braço direito de Maria do Rosário na aprovação de projetos de lei que beneficiem a comunidade LGBT. Marta terá uma reunião com a cúpula da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) para trtar da pauta de reinvidicações do segmento.

O Deputado Federal José Genoíno que apresentou o Projeto de Lei do Casamento Civil entre pessoas do mesmo sexo caso assuma a vaga pois é o 1º suplente do PT afirmou que continuará na luta em defesa da comunidade LGBT. Outro que promete se comprometer com a aprovação de Leis é o Deputado Alessandro Molon (PT/RJ) conhecido por defender os Direitos Humanos no Estado do Rio de Janeiro a anos.

O Senador Paulo Paim (PT/RS) que aprovou emenda orçamentaria no valor de R$ 300 milhões de reais para combater a Homofobia no Brasil, também será um dos árduos defensores da aprovação do PLC 122/2006 no Senado Federal, que torna crime a prática da homofobia.



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Liquidação de Natal - Empório Almir França - Imperdível


Liquidação Empório Almir França produtos com até 70% de desconto!

Neste sábado e domingo (18 e 19) de dezembro das 14h às 22horas.

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Neste natal presentei os amigos e se presentei!

Entrada grátis

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Empório Almir França
Travessa Dr. Araújo nº 55 - Praça da Bandeira
2293-6428
Promoção Imperdível

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Abaixo-assinado Apoio ao KIT de Combate à Homofobia nas escolas

Nesta presente carta manifesto e nós, abaixo assinados, viemos prestar nosso apoio e solicitar urgência na implementação do kit educativo contra a homofobia nas escolas, pois entendemos que o combate à homofobia se dá em duas frentes, a aprovação de leis que garantam respeito e igualdade e através da educação.

Todos os anos encontramos alto índice de evasão escolar devido ao bullying, crianças sofrem agressões nas escolas e nas ruas por encontrarem suporte a comportamentos discriminatórios, mesmo dentro das escolas. A vítima de bullying geralmente se fecha, se isola e muitas vezes tende à depressão e ao suicídio. O bullying homofóbico deixa traumas que irão acompanhar o indivíduo por toda a vida.


Muitas vezes estes mesmos jovens encontram dificuldades de aceitação pela própria família e ao encontrar um ambiente hostil na escola passa a ser um agravante.

Tanto a psicologia quanto a psiquiatria deixaram de tratar a homossexualidade como doença, e é reconhecida pela ciência como tão natural quanto a bissexualidade e a heterossexualidade. Nenhum indivíduo consegue mudar sua orientação sexual, assim como nenhuma orientação sexual pode ser estimulada ou influenciada, se fosse assim, todos seriam heterossexuais, já que é esta a orientação da maioria. 



Em geral, havia desconhecimento dos conceitos, orientação sexual e identidade de gênero, conforme definidos os marcos da pesquisa. A sigla LGBT é pouco conhecida. Gênero é o jeito da pessoa, a personalidade.

Existe uma invisibilidade dos estudantes LGBT nas escolas. A percepção é que a quantidade de gays é muito pouca, mas é maior do que a de lésbicas. Não foi visto nenhuma travesti ou transexual nas 44 escolas analisadas. “Nunca existiu na escola um caso de gay ou lésbica, porque os alunos daqui são muito novos. É depois dos 15 anos que você vira gay.” “O homem, para diagnosticar, é mais fácil, percebemos alguma coisa.” 

Percepção da escola como ambiente hostil. “Travestis frequentam essa escola ou não?” “Não, não, não, graças a Deus, não!” Um aluno disse isso: “Graças a Deus, não!” 

Percepção da diversidade sexual com base nos estereótipos. “Gay a gente conhece pelo jeito de andar, a própria anatomia, porque geralmente as lésbicas não têm cintura afinada”, disse um professor. 

O sentimento de autoridades, educadores e de estudantes em relação à pessoa LGBT variaram, em uma escala que vai de normal até estranhamento, repulsa e nojo. “Eu, quando vejo dois caras se beijando, acho supernojento”. Disse um estudante. Uma professora de Goiânia disse: “Eu não acho normal, eu não acho bonito. Eu não. Para mim não é normal. Eu acho que Deus fez o homem e a mulher. Só, só.” 

Postura, atitudes da escola perante estudantes. Não há uma diretriz oficial. A postura da escola é tratar todos com igualdade e respeito, mas, na prática, a escola dificulta que estudantes LGBT assumam sua orientação sexual. “Se o comportamento deles fosse condizente com o dos outros normais, não haveria problema”. 

Existe a homofobia na escola, mas, de certa forma, é negada, primeiro, pelo discurso que refuta a existência de LGBT estudantes “Não, aqui não tem estudante LGBT, então, não pode ter homofobia.” 

A percepção da homofobia na escola é maior entre os estudantes que as autoridades. Os estudantes sabem mais que a homofobia está lá que os professores. “Teve outra vez que ele apanhou, veio à Secretaria e falou, mas não adiantou muito. Ele foi para outra escola, trocou de turma, mas não adianta, os garotos pegaram e bateram nele mesmo.” 

A homofobia é vista como fenômeno natural. Existe uma influência religiosa importante, a culpabilidade da população LGBT. Causa e conseqüências: “Isso é coisa do diabo”, disse um professor de Porto Velho. Acho que é um certo machismo dos homens, mas muito forte. 

As consequências da homofobia relatadas foram: tristeza; depressão; baixa autoestima; perda de rendimento escolar; evasão escolar; violência e suicídio.

O kit educativo é uma iniciativa que vem para discutir a questão da diversidade sexual no ambiente escolar. Vem mostrar aos nossos jovens que é normal ser diferente.

Necessitamos da construção de uma boa educação pública que forme cidadãos capazes de lidar com as diversidades e do resgate de muitas alunas e alunos que são excluídos da escola devido ao preconceito. O combate ao bullying é extremamente necessário.

O termo “kit gay” foi criado para confundir as pessoas, tanto leigos quanto conhecedores do assunto, que já são carentes de informações a respeito disso. Nos comentários que encontramos na internet a primeira impressão que o termo passa às pessoas é que ele está ensinando as crianças e/ou adolescentes a virarem gays, uma apologia ao “homossexualismo” ou à promiscuidade. E nada disto é verdadeiro

O kit pretende fazer uma abordagem responsável do que vem a ser a realidade do jovem LGBT, que são seres humanos e merecem respeito para viverem da forma que realmente são.

O kit está voltado a alunos do Ensino Médio e não para crianças como muitos estão afirmando.


Querem botar arreios na força LGBT, que a cada dia cresce mais. Porém não irão conseguir. Não aceitam que um homossexual assumido chegou à Câmara dos Deputados. Por isto que digo NÃO ao “kit gay” e SIM ao kit de combate à homofobia nas escolas!



Brasil, dezembro de 2010



Para Saber Mais sobre o KIT leiam o artigo:

http://eleicoeshoje.wordpress.com/2010/12/16/kit/

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Os gays mais influentes do ano

Gianecchini e governador eleito de MG estão em lista de gays mais importantes, segundo jornalista do RJ

 
Jornalista lista golden gays de 2010. Gianecchini e Anastasia são citados

Sem papa alguma na língua, o jornalista Waldir Leite desde 2002 elabora uma lista com as 10 personalidades gays mais influentes do ano. Publicada em seu blog, a relação de 2010 conta com nomes bem conhecidos da gente, apesar de nem todos serem assumidos.

A edição 2010 dos Golden Gays conta com nomes como o do governador eleito de Minas Gerais, Antonio Anastasia. De acordo com Waldir Leite, o ex-militante gay Anastasia é apaixonado por Aécio Neves, "a quem, entre os amigos mais íntimos, só se refere como 'meu bofe'". Já Caio Ribeiro, ex-jogador de futebol e comentarista esportivo da Rede Globo, foi um dos citados por, segundo Leite, ter sido flagrado trocando carícias com o pagodeiro Alexandre Pires.

O jornalista incluiu ainda Reynaldo Gianecchini, lembrando o caso de um ex-agente que tentou chantagear o ator usando sua homossexualidade para se apropriar de um apartamento. 


OS GAYS MAIS IMPORTANTES DE 2010 

Dezembro é o mês das listas. Listas dos melhores do ano nas artes, na política, nos esportes. É o período do ano em que se escolhem os mais bonitos do ano, os mais elegantes, os mais descolados... E também os piores do ano. É o mês em que a revista Time elege o Homem do Ano. E Artur Xexéo escolhe a Mala do Ano. (“Mala” do ano? Como Xexéo é gay!) Esse blog também tem uma tradição natalina, assim como o peru de Natal. Desde 2002 são escolhidos “Os gays mais importantes do ano”, uma lista com os gays que mais deram (deram?) o que falar durante o ano. Nomes como Henrique Meirelles, Presidente do Banco Central e Zeca Camargo, já foram citados em listas anteriores. Assim como Pedro Andrade, Aguinaldo Silva, Antonio Cícero, Luiz Mott, João Silvério Trevisan, Tuca Andrada, Guilherme Araújo, Victor Dzenk e até Ronaldo Fenômeno, no ano em aconteceu aquele seu rumoroso caso com o travesti. Esse ano a lista contempla gays dos esportes, das artes e dois ícones da cirurgia plástica no Brasil. Veja a seguir quem são os gays que mais se destacaram em 2010.


ANTONIO ANASTASIA O Governador eleito de Minas Gerais é um verdadeiro ícone para a comunidade gay do estado. Antes de se candidatar ao governo ele foi um atuante ativista do MGM, o Movimento Gay de Minas. Num estado machista como Minas, Anastasia, junto com seu grupo, organizava passeatas, movimentos de protesto contra a homofobia e fazia reivindicações em nome dos homossexuais mineiros. Poderoso, ele era o principal homem de confiança do então Governador Aécio Neves. Diga-se de passagem, foi Aécio Neves quem, praticamente, elegeu Anastasia. Pois, o que se diz lá em Minas, é que Anastasia está para Aécio, assim como Dilma Roussef está para Lula. A diferença é que Anastasia é completamente apaixonado por Aécio a quem, entre os amigos mais íntimos, só se refere como “meu bofe”. Não é fofo? Antes de ser eleito Anastasia, através do MGM, organizava todos os anos a festa anti-homofobia Rainbow-Fest. O que se espera é que, a partir de 2011, já como Governador, ele continue sendo o militante gay que sempre foi.

CAIO RIBEIROComo apresentador do programa Central da Copa, Caio Ribeiro foi o grande destaque da Copa do Mundo de 2010. Durante os jogos fez comentários pertinentes e análises inteligentes dos jogos e dos jogadores. Como craque de futebol Caio Ribeiro jogou pelo São Paulo, Santos, Grêmio e Fluminense. Mas foi jogando pelo Flamengo que Caio protagonizou um dos episódios mais gays da história do futebol carioca. No auge da sua atuação pelo time o craque foi flagrado trocando carícias íntimas com o cantor de pagode Alexandre Pires. A notícia se espalhou rapidamente pela fofoqueira torcida flamenguista e acabou sendo destaque na prestigiada coluna esportiva do Renato Mauricio Prado, no jornal O Globo. Por conta desse espisódio, durante os jogos do Flamengo, toda vez que Caio tocava na bola, a torcida cantava um sucesso do pagodeiro.

EDNEY SILVESTREEscritor e jornalista, foi o grande destaque da literatura brasileira em 2010, já que ganhou os dois maiores prêmios literários do Brasil. O Prêmio Jabuti, de melhor romance. E o Prêmio São Paulo, de melhor livro estreante. Seu livro “Se eu fechar os olhos agora” é uma história que se equilibra entre o suspense e a emoção. Como jornalista tem uma carreira brilhante como correspondente internacional. Foi o primeiro jornalista brasileiro a chegar ao World Trade Center, por ocasião dos ataques de 11 de Setembro de 2001. Em 2010, à sua revelia, se envolveu numa polêmica com o autor do livro Leite Derramado, Chico Buarque, por causa de uma disputa entre suas editoras pelo Prêmio Jabuti. Silvestre ignorou a polêmica e enfrentou pau a pau o Leite Derramado de Chico.

DOUGLAS IGOR MARQUES LUZ O jovem estudante foi baleado no abdômen por um militar do Forte de Copacabana, logo após a Parada Gay de 2010. A violência aconteceu nas pedras do Arpoador, ponto turístico que fica ligado ao quartel. Mesmo baleado o jovem não se deixou intimidar e, com o apoio da mãe, Viviane Marques Luz, denunciou o militar a polícia. A denúncia obrigou o Exército a fazer uma investigação interna que acabou comprovando que um Terceiro Sargento da guarnição efetuou o disparo. Por sua coragem e personalidade Douglas merece estar no panteão dos gays que mais se destacaram em 2010.

CARLOS FERNANDO GOMES DE ALMEIDAÉ um gênio da cirurgia plástica no Brasil. Conhecido pelo apelido de Dr. Mão Leve, graças a suavidade com que exercita sua arte. Arte sim, pois no caso do Dr. Carlos Fernando a cirurgia plástica é uma arte. Uma nobre arte. Sua técnica de realizar um lift facial é referência internacional. É um médico respeitado por seus colegas e pacientes. Mas isso não é tudo. É um dos personagens mais queridos da vida social carioca. Inteligente, bem humorado, bom caráter. É um sujeito elegante, sofisticado, alto astral. É bom de papo e possui um humor especial. É irmão do estilista e produtor de moda Cláudio Gomes que, em 2007, foi um dos integrantes dessa mesma lista.

JEAN WYLLYS Em 2010 ele conseguiu o que parecia impossível: se livrou da pecha de ser um ex-BBB. O professor baiano, natural de Alagoinhas, foi eleito Deputado Federal, graças a expressiva votação do seu companheiro de partido Chico Alencar. Ponto para o movimento gay, do qual Jean Wyllys de Matos Santos é um autêntico militante. Ele também é jornalista com Mestrado em Letras e Lingüística pela Universidade Federal da Bahia. Ao tomar conhecimento de sua eleição Wyllys prometeu realizar um mandato honrado.

REYNALDO GIANECHINI O ator brilhou na Rede Globo como o vilão Fred na novela Passione. Mostrando maturidade como ator, suas cenas com a diva Fernanda Montenegro encantaram o público da TV. Gianni deixou bem claro para o público que não é um galã que vive de imagem, ao enfrentar com muita coragem a tentativa de seu administrador, que tentou chantageá-lo, usando sua homossexualidade, para se apropriar de um apartamento no valor de 1 milhão de reais. O tema foi assunto de todas as revistas de fofocas. Poderia ter se transformado num grande escândalo. Não foi graças a tranqüilidade com que o artista lidou com o assunto. Quando Rick Martin saiu do armário, na saída de uma festa um repórter perguntou porque Gianechini não fazia o mesmo. Ele então respondeu que não precisava fazer um comunicado oficial sobre uma coisa que todo mundo já sabia. Na vida pessoal Gianni é um sujeito tranqüilo, profissional e muito querido por amigos e colegas.

CHARLES MOELLER & CLÁUDIO BOTELHO Eles formam um casal tão unido, mas tão unido, que o nome dos pombinhos, nessa relação, teve que ser listado no mesmo item. Ninguém consegue imaginar Charles e Cláudio separados. Eles moram juntos, trabalham juntos, criam juntos. É como se fossem uma única pessoa. São artistas brilhantes e foram eles quem trouxeram o padrão Broadway de espetáculos musicais para o Brasil. As montagens brasileiras dos grandes musicais americanos, realizados pela dupla, são de fazer inveja aos originais. Em 2010 comoveram o público com a montagem do espetáculo Hair, um clássico do teatro musical, sucesso de público e crítica.

PAULINHO MULLERO cirurgião plástico Paulinho Muller é um cultor da estética. Não só na cirurgia plástica, mas também nas artes. É um colecionador de artes plásticas. No seu apartamento em Copacabana ele vive cercado de obras de arte de artistas como Adriana Varejão, Pink Wainer, Tunga, Waltércio Caldas e Antônio Dias. É fã da pop art e da arte cinética. Para ele fazer uma cirurgia plástica é como comer uma fruta. Sua paixão pela estética faz com que tenha preferência por rapazes de corpos esculturais e rostos bonitos. Mas diz que a maior dificuldade de ser gay é encontrar alguém para se relacionar que tenha a ver com você.

VICTOR ARRUDAArtista plástico, adepto da pintura figurativa. É um artista provocador e irreverente. Sua série de pinturas que exibiam pênis gigantes se tornou cultuada no mercado de arte latinoamericano. É autor de um painel de vinte metros no Memorial da América Latina, que foi pintado por encomenda de Oscar Niemeyer. No início de 2010 foi muito comentada sua exposição A Respeito da Corrupção, com quadros que faziam severas críticas a corrupção dos políticos brasileiros. Num dos quadros estava estampada a frase: “Políticos corruptos cospem na cara de criancinhas”.

Bazar Basfond de Natal do Empório Almir França

Empório Almir França realiza seu Bazar Basfond de Natal




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14 as 22horas
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Travessa Dr Araujo 55- Pça da Bandeira
tel: 22936428
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Câmara dos EUA vota pelo fim da proibição de gays nas Forças Armadas

A Câmara dos Representantes dos EUA --liderada pelos governistas democratas-- votaram nesta quarta-feira pela derrubada da lei que proíbe gays assumidos nas Forças Armadas. 

A política conhecida como "Don't Ask, Don't Tell" ["Não pergunte, não conte", em tradução livre], em vigor há 17 anos, determina que as Forças Armadas não devem perguntar aos militares sobre sua orientação sexual, e os militares não devem divulgá-la. 

Por 250 votos a 175, a Câmara aprovou o projeto de lei apoiado pelo presidente Barack Obama, que agora segue para o Senado, onde os prospectos de aprovação são incertos. 

A votação aconteceu apenas uma semana após uma manobra dos republicanos do Senado, que barrou uma medida semelhante para pôr fim à proibição, que estava incluída em uma lei mais ampla de financiamento para Defesa. 

Os democratas no Senado agora dizem ter os 60 votos necessários na Câmara de cem membros para pôr fim ao impasse e aprovar a medida antes que os parlamentares finalizem os trabalhos deste ano. 

"Estamos muito confiantes de que temos no mínimo 60 votos", disse um assessor do Senado. 

"Veremos", disse um assessor republicano. "Eles disseram que achavam ter os 60 da última vez." 

Os democratas pressionam para aprovar o projeto de lei ainda este ano, temendo ter mais dificuldades no ano que vem, porque a maioria democrata no Senado será menor em função dos avanços obtidos pelos republicanos nas eleições parlamentares do início de novembro. Os democratas perderam várias cadeiras no Senado para os republicanos nas eleições de 2 de novembro, além de cederem também a maioria na Câmara dos Representantes. 

PESQUISA
 
Recentemente, um estudo desenvolvido pelo Pentágono revelou que derrubar a lei que proíbe homossexuais assumidos nas Forças Armadas causaria um pouco de perturbação no início, mas não traria problemas disseminados ou de longo prazo para os EUA. 

O estudo revelou que 70% dos militares acham que derrubar a lei teria efeitos mistos, positivos, ou nenhum efeito, enquanto 30% preveem consequências negativas ou demonstram preocupação. A oposição foi maior entre os militares de combate, com 40% dizendo ser uma má ideia. O número subiu para 46% entre os fuzileiros navais. 

A pesquisa foi enviada para 400 mil militares, dos quais 69% disseram ter trabalhado com alguém que eles acreditam ser gay ou lésbica. Desses, 92% disseram que o trabalho em conjunto foi muito bom, bom, ou nem bom nem ruim, segundo as fontes citadas pelo jornal 'The Washington Post'. 

As unidades de combate deram respostas semelhantes: 89% das unidades de combate do Exército e 84% das unidades de combate dos Fuzileiros Navais disseram ter tido experiências boas ou neutras ao trabalhar com gays ou lésbicas, revela o 'Post'. 

LEI
 
A lei do "não pergunte, não conte, não persiga e não assedie" foi criada em 1993 por Bill Clinton. Ele prometera, logo após a eleição, derrubar o veto aos gays no Exército, criado durante a Segunda Guerra (1939-1945). 

Sem apoio do legislativo, o projeto tornou-se um veto indireto: os militares gays e bissexuais podem servir, desde que escondam sua sexualidade. Desde então, cerca de 13 mil foram dispensados das Forças Armadas sob a lei. 

Apesar de a maioria das dispensas serem resultado de militares gays se assumindo, grupos de defesa dos direitos gays dizem que isso foi usado por colegas de trabalho vingativos para fazer alarde sobre soldados que nunca fizeram de sua sexualidade um problema. 

Mudar a lei foi uma das promessas de Barack Obama em sua campanha presidencial em 2008. 

No mundo todo, 29 países --incluindo Israel, Canadá, Alemanha e Suécia-- aceitam soldados assumidamente gays, segundo a Log Cabin Republicans, um grupo defensor dos direitos gays. 

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lula Papai Noel dos Gays

Em cerimônia no Planalto, Lula é chamado de 'Papai Noel dos gays'

Presidente recebeu líderes de movimentos sociais nesta quarta-feira.
'Você é um gente boa', disse líder do movimento LGBT.

Em meio a manifestações de carinho que recebeu de lideres de movimentos sociais na tarde desta quarta-feira (15), durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi chamado de "herói", de "gente boa" e de "Papai Noel dos gays".

A sequência de elogios foi declarada pelo representante do movimento LGBT (Lésbiscas, Gay, Bissexuais, Travestis), Toni Reis.

Homenageado na última semana com o Prêmio de Direitos Humanos concedido pelo governo, Reis elogiou políticas implementadas pelo governo do presidente Lula para acabar com a discriminação contra homossexuais.

Ele convidou Lula para participar da 2ª Marcha Nacional Contra a Homofobia, em 2011, e encerrou seu discurso com elogiando o presidente: "Você é um herói, você é um gente boa, você é o Papai Noel dos gays."
 

Nova Friburgo ganha lei anti-homofobia

Câmara aprova lei que proíbe discriminação contra LGBTs na cidade

O Projeto recebeu aprovação de 8 dos 10 vereadores que votaram

Seguindo a tendência nacional de reconhecimento dos direitos que garantem a plena cidadania de gays, lésbicas, bissexuais e travestis, a Câmara Municipal de Nova Friburgo aprovou nesta terça, dia 14, o projeto de lei que proíbe qualquer forma de discriminação a pessoas em razão de sua orientação sexual.

O projeto de número 2.273 de 2009, idealizado pelo movimento LGBT de Nova Friburgo e apresentado pelo vereador do (PT) Partido dos Trabalhadores, Claudio Damião, proíbe e pune, no âmbito municipal, medidas contra a dignidade, decoro, reputação, integridade, saúde e liberdade desta parcela da comunidade.

A lei entende ainda a discriminação, além da violência física, psicológica, sexual e patrimonial, o constrangimento, preterimento ou diferenciação nos atendimentos, e ainda, veiculação ou publicação, pela imprensa ou pela internet, através de textos, símbolos, emblemas, ornamentos, áudio, vídeo, fotografias ou qualquer outro instrumento que induza a práticas preconceituosas ou discriminatórias.

Importante ressaltar que o projeto de lei aprovado está em conformidade com a Constituição Federal e a lei estadual 3406 de 15 de maio de 2000, que já está em vigor, e que pune, de forma administrativa, tais práticas discriminatórias.

A votação que ocorreu na Câmara Municipal dos Vereadores de Nova Friburgo ,aprovou o projeto  por 8 dos dez votos. Tendo partido os dois votos contrário do vereador Edson Flávio e do Vereador Isaque Demani, que recentemente ocupou o cargo de Secretário de Assistência, Desenvolvimento Social e Trabalho, ambos do (PR) Partido da República.

A lei aprovada depende agora somente da sanção do Prefeito para em seguinte ser regulamenta pelo poder executivo, podendo entrar em vigor já em 2011.

Vitória dos Direitos Humanos

Balanço: vitórias dos direitos humanos

Por Marcelo Salles

Chegando ao final do ano, é possível afirmar: os Direitos Humanos conquistaram grandes vitórias em 2010. Candidatos que empunham abertamente essa bandeira foram eleitos em todo o país, como Luiza Erundina e Paulo Teixeira (SP), Camilo Capiberibe (AP), Erika Cocai (DF), Iriny Lopes (ES) e Eduardo Campos (PE), entre muitos outros.

Mas foi o Rio de Janeiro onde mais se avançou. Os três candidatos mais identificados com essa temática no estado – Chico Alencar e Alessandro Molon, eleitos deputados federais, e Marcelo Freixo, eleito deputado estadual – receberam quase o dobro da votação de três dos candidatos que se manifestam abertamente contra os Direitos Humanos, como os deputados federais Arolde de Oliveira e Jair Bolsonaro, e o deputado estadual Flávio Bolsonaro, que numa das manifestações mais contundentes afirmou: “Sou de direita. Luto contra os Direitos Humanos, que só servem para proteger os bandidos e os marginais”. Jair Bolsonaro fez campanha com uma camisa onde estava escrito: “Direitos Humanos: estrume da bandidagem”. O resultado das urnas foi 547.492 votos para os que lutam por Direitos Humanos x 278.425 votos para os outros três.

O resultado eleitoral torna-se ainda mais expressivo se considerarmos os ataques sistemáticos desferidos contra a terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Lançado pelo presidente Lula e pelo ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi, em dezembro de 2009, o PNDH-3 reúne 519 ações programáticas em diversas áreas, como cultura, educação, saúde, crianças e adolescentes, população idosa, pessoas com deficiência, segmento LGBT e combate à tortura. Apesar de conter centenas de ações e diretrizes para garantir a democracia no país, o debate promovido pelos meios de comunicação de massa ficou restrito a quatro pontos: aborto, religião, mídia e propriedade rural. Dessa forma, o PNDH-3 foi reduzido a um saco de maldades que estaria disposto a censurar a imprensa e a religião, a facilitar invasões de terras e a legalizar o aborto. Certos grupos evangélicos chegaram a comparar o presidente Lula a Hitler por conta do programa, panfletos apócrifos foram espalhados pelo país e o deputado Arolde de Oliveira chegou a fazer outdoors contra o programa.

Felizmente a campanha de desinformação não deu certo. Além da votação histórica dos candidatos que levantam a bandeira dos Direitos Humanos, o país conquistou avanços significativos nessa área ao longo de 2010. Por exemplo, será a primeira vez que o Brasil terá um integrante no Subcomitê de Prevenção à Tortura da ONU; será a advogada Margarida Pressburger, que foi indicada pelo ministro Vannuchi. Numa outra iniciativa inédita, o Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos terá formado, até dezembro, 60 policiais que vão atuar em todo o território nacional protegendo gente como Chico Mendes e Doroty Stang. Por fim, mas não menos importante, foi eleito no último dia 10 o Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura no Rio de Janeiro – iniciativa de Marcelo Freixo –, que tornará o estado pioneiro no país na adoç ão dessa recomendação das Nações Unidas.

Claro que ainda há problemas, e problemas graves, como crimes homofóbicos, violência contra crianças e adolescentes, falta de acessibilidade para cadeirantes, perseguição a pessoas em situação de rua, entre outros. Mas as vitórias eleitorais e os avanços logrados em 2010 mostram que o Brasil atingiu um alto nível de maturidade política, com instituições democráticas fortalecidas e elevada consciência cidadã. Que o país continue assim por muito tempo, até o dia em que o slogan “bandido bom é bandido morto” não renda nenhum voto, e que qualquer debate tenha como pressuposto básico a defesa da vida.

Frase do dia

"A aprovação do PLC 122/2006 que torna crime a homofobia no Brasil é para a comunidade LGBT um marco assim  como é para a comunidade negra a assinatura da Lei Áurea".

Pablo Brandão

Igreja evangélica sofre série de ataques homofóbicos em Fortaleza

Pichações foram feitas em muro do templo religioso em agosto e novembro.
Cerca de 60 integrantes receberam ameaças de morte, disse pastora.



Representantes da Igreja Comunidade Cristã Nova Esperança denunciaram, nesta terça-feira (14), uma série de ataques homofóbicos sofridos desde agosto, em Fortaleza. Segundo a pastora Sara Cavalcante, responsável  pela igreja na capital cearense, cerca de 60 frequentadores foram ameaçados de morte e o muro do templo religioso apareceu com pichações várias vezes. O local é conhecido por pregar a inclusão social, a diversidade sexual e atua diretamente com pessoas da comunidade LGBT. O último ataque ocorreu nesta quarta-feira (8).

"Somos uma igreja evangélica, pentecostal e inclusiva", disse Sara, que se reuniu nesta quarta-feira (15) com integrantes da Câmara de Veradores de Fortaleza para apresentar um dossiê com relatos dos ataques sofridos por integrantes da igreja. Nesta terça, ela participou de um encontro com a Coordenadoria da Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Direitos Humanos para pedir ajuda. "Eles nos ofereceram ajuda jurídica e apoio para atuarmos em conjunto de forma educativa e preventiva na região", afirmou Sara.

Cronologia
Segundo a igreja, no mês de agosto deste ano, o prédio do templo foi apedrejado, o muro foi pichado com mensagens homofóbicas e os cadeados, entupidos. No começo de novembro, rapazes insultaram e fizeram ameaças de morte contra os frequentadores da igreja na saída de um dos cultos. No fim de novembro, um grupo de rapazes ameçou atear fogo ao prédio da igreja. O último ataque aconteceu na semana passada, quando jogaram urina na porta do prédio.

Providências

"Notificamos o Ministério Público para acompanhar o caso para encontrar os responsáveis pelos ataques homofóbicos. Além disso, queremos desenvolver uma ação educativa na comunidade próxima da igreja e prevenir novos ataques. Vamos atuar junto com lideranças do bairro", disse Luanna Marley, coordenadora do Centro de Referência LGBT de Fortaleza.

Segundo Sara, um Boletim de Ocorrência foi registrado no 3º Distrito Policial de Fortaleza relatando os ataques. "A nossa preocupação é a preservação da integridade dos frequentadores da igreja. Cobrimos a pichação, mas não pintamos o muro para evitar que sejam feitas novas pichações. Defendemos toda a liberdade sexual e não fazemos distinção de cor de pele ou orientação sexual. As portas da igreja sempre estarão abertas", disse a pastora.

Luanna disse que vai encaminhar um ofício para a Secretaria de Segurança Pública do Estado, pedindo investigação criminal. "Também vamos acionar o setor de Enfrentamento aos Crimes de Ódio da Polícia Federal".

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